terça-feira, 17 de julho de 2012

Prova oral - 26CPR (5)

Continuando a análise dos examinadores na prova oral do 25CPR.

GRUPO III

ECONÔMICO/CONSUMIDOR

MINHA PROVA ORAL: Dei sorte e peguei um ponto que só caia consumidor. O examinador pediu para que eu falasse um pouco sobre cada ponto (lembro que era responsabilidade por vício e por fato, prescrição e decadência, e algo sobre a proteção da vida e da saúde do consumidor). Tirei 10. 

MINHAS IMPRESSÕES: O examinador Dr. Túlio é extremamente educado e gentil com o candidato. Levanta-se para receber e para despedir-se do candidato. Ao tempo em que você vai falando, ele vai balançando a cabeça e concordando com você. A prova é bem tranquila, o examinador te deixa bem à vontade e não deve trazer grandes problemas para ninguém.

CIVIL E PROCESSO CIVIL

MINHA PROVA ORAL: Em civil, me recordo pouca coisa. Lembro que a examinadora perguntou algo sobre adoção e algo sobre responsabilidade civil extracontratual (para falar sobre os requisitos, algo assim). Em processo civil, a examinadora me perguntou sobre alguns instrumentos de atuação extrajudicial (recomendação e TAC), perguntou se haveria importância no acompanhamento do cumprimento do TAC; me pediu para falar também sobre julgamento antecipado da lide. Tirei 70 em civil e 80 em processo civil.

MINHAS IMPRESSÕES: A examinadora trouxe questões anotadas sobre os pontos sorteados. Foram as arguições nas quais eu fui mais objetivo e conciso (ou por já estar cansado, foi a penúltima examinadora, ou por ter perdido um pouco a concentração de seguir a tática de tentar falar muito sobre algo que você sabe, não devolver a palavra ao examinador). Talvez por ter sido tão objetivo, a examinadora não achou que eu tenha fundamentado bem as respostas e me deu notas não tão boas. 

GRUPO IV

PENAL

MINHA PROVA ORAL: Foi a minha última examinadora. Cheguei até ali sabendo que tinha passado no restante e só faltava a temida Ela Weicko. Mas me surpreendi porque a prova foi um grande bate-papo. Peguei um ponto ruim, para mim. Era o que pegava crime contras as licitações, sursis e livramento condicional e crimes contra a incolumidade pública. Lembro que ela me perguntou quais os requisitos do livramento condicional. Depois me pediu para falar algo sobre crime contra licitações, lembro que falei do conceito de agente público, que é mais amplo do que o conceito do art. 327, CP, e da discussão a respeito da necessidade, ou não, da ocorrência de dano para configuração do crime do art. 89. Continuando, ela pediu para que eu falasse algo sobre crimes contra a incolumidade pública, lembro que falei sobre incêndio e inundação e ela me perguntou sobre o desmoronamento do prédio no Rio de Janeiro. Respondi que também é um crime contra a incolumidade pública, podendo ser qualificado se houver morte. Tirei 10. 

MINHAS IMPRESSÕES: Comigo, Ela foi muito tranquila e simpática. Pediu mais para que eu falasse sobre algo do que me fez perguntas. Ao término, ela me disse que via que eu tinha me preparado bem para a prova e que já esperava isso pela nota da minha prova subjetiva, na qual tive a maior nota do GIV. Acredito que ela também dê importância às notas anteriores do candidato, sendo mais tranquila com aqueles que tenham notas mais altas e mais rigorosa com os que tenham notas menores.

PROCESSO PENAL

MINHA PROVA ORAL: Processo penal foi a minha primeira banca. Foi uma prova bem tranquila. A examinadora me perguntou sobre denúncia genérica em crimes societários, sobre a questão da inversão da ordem de oitiva de testemunhas e se haveria nulidade nessa inversão. Também questionou sobre o momento de recebimento da denúncia e se seria possível o Juiz, depois da resposta do réu, rejeitar a Denúncia. Sendo possível, qual seria o recurso cabível. Perguntou sobre todos os itens do ponto sorteado. Tirei 95. 

MINHAS IMPRESSÕES: Não fui examinado pelo Gueiros, e sim pela Silvana Battini. Sei que ele gosta bastante do Direito Penal Econômico, de modo que seria bom dar uma atenção especial para lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, 168-A, contrabando e descaminho etc...

ELEITORAL

 MINHA PROVA ORAL: O examinador me perguntou sobre todos os itens do ponto sorteado (acho que o ponto 5, que englobava a Ficha Limpa). Me perguntou quais as duas questões discutidas no STF sobre a Ficha Limpa (primeiro, foi a questão da anualidade eleitoral; depois, a questão da constitucionalidade ante a presunção de inocência). Me perguntou se toda condenação por ato de improbidade administrativa geraria a inelegibilidade. Fez também algumas perguntas sobre propaganda na TV (divisão do tempo) e sobre a AIRC (lembro que perguntou se havia litispendência entre a AIRC proposta pelo MP e pelo partido politico). Tirei 95. 

MINHAS IMPRESSÕES: Quem vai arguir é o examinador Victor Hugo, e não o PGR. Ele também é bastante educado e, no meu caso, foi bem simpático, chegando a comentar (lendo meus títulos apresentados), que também fez diversos concursos antes de chegar ao MPF. O examinador comenta sobre sua vida profissional, pergunta o que você faz, e, principalmente, cita as suas notas no grupo e, particularmente, nas questões de eleitoral. E, esta foi a minha impressão, direciona a sua arguição de acordo com a sua pontuação. Se você tem uma nota boa final, sobretudo no grupo de eleitoral e nas questões de eleitoral, ele deve ser mais flexível. Se suas notas são menores, ele tende a ser mais rigoroso e exigir mais conhecimento.


12 comentários:

  1. caramba! preciso estudar muito ainda pra alcancar esse nivel! parabens!

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  2. Bruno, apenas uma dúvida. Do 25 para o 26 o Dr. Túlio foi substituído pela Dra. Daniela, correto?

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    1. Não sei te informar, Jorge. Se foi, é uma pena, porque ele é muito gente fina!

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  3. Tudo bem Bruno?
    Sabe dizer quais desses examinadores chegaram a reprovar candidatos?
    Eu, que fui mal em eleitoral, tenho que começar a me espertar...
    Abraços!

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    1. Eu sei que Internacional e Processo Penal reprovaram, com certeza. O restante eu não sei te informar.

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  4. Caro Dr. Bruno,

    Boa tarde! Acha que sai quando o 27 CPR? Alguma novidade?

    forte abraço,
    Marco

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    1. Como já comentei anteriormente, acho que em 2013, mas só acho.

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  5. Bruno, seus comentários estão sendo de extrema valia.

    O blog é, sem dúvidas, um complemento e um guia para os estudos.

    A título de curiosidade: a quantas provas orais você já havia se submetido quando fez essa do MPF?

    Pergunto porque será a minha primeira, por isso estou um tanto apreensiva.

    Parabéns pelo trabalho,

    Juliana

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    1. Obrigado pelo elogio, Juliana.

      Antes da prova oral do MPF, eu só havia feito, uns 2,3 anos antes, a prova oral de Advogado da União, e não me sai tao bem, embora tenha passado.

      Fique tranquila, a prova oral do MPF segue uma sistemática bem menos imponente e opressora do que a prova oral do TRF, p.ex

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  6. Bruno, o seu blog é excelente!!! É, na minha opinião, o melhor informativo para quem vai prestar MPF. Continue assim!
    Ricardo

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  7. Dr. Bruno. Teria como você fazer uma postagem contando um pouco da sua trajetória? É muito interessante (e produtivo) ler o depoimento dos aprovados. Embora seja algo particular, gostaria de saber como era sua metodologia de estudo, quantas horas tinha para estudar, como ficou seu tempo de estudo depois que assumiu o cargo de procurador, quais concursos visava, etc...

    Obrigado e parabéns pelo ótimo blog.

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